quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O regresso ao blog (esta vai por si, Dr. Vitoriano)

Manhã cedo, muito cedo (custa tanto...) e já estava no Centro de Saúde com o ZP para a consulta de rotina dos 12 meses.
Umas vacinas surpresa (tadinho, o pobre, chorou tanto), medições e peso registados e passo para a consulta com o Dr. Vitoriano, nosso médico de família.
- Então deixou de escrever no blog?
- No Fórum, doutor? Não tenho tido tempo...
- Não, no da Mercearia.
- Passei para um site, Doutor, tem lá blog integrado
- Sim, sim, estive lá, mas é muito vazio, não gostei...
Pois é, vim para Marvão a pensar nisso. Eu escrevo de qualquer das formas pelo que mais copy paste menos copy paste, sempre posso manter o blogspot e o wordpress lá no site. É mais um sítio onde a Mercearia é falada porque a publicidade é algo que faz muita falta a um negócio e os blogs (ainda) são gratuitos.
E vai pelo Dr. Vitoriano o regresso do blog, e por todos aqueles que preferem ler-me aqui.
Eu entendo a preferência, um blog é quase um diário, mais pessoal e intimista do que um site.
E o meu médico de família merece essa consideração: Porque me pergunta pelo blog, sai da sala quando o ZP leva vacinas porque não o gosta de ver chorar, porque tem um desenho da minha Isabel pendurado na parede do consultório.
No interior do país temos muita dificuldade no acesso a consultas de especialidade e estamos a 30 minuto do hospital mais próximo (no meu caso). O centro de saúde funciona ainda em horário reduzido e por vezes desloco-me a São Salvador ou a Castelo de Vide para conseguir apanhar o meu médico, cujo trabalho se desdobra em vários Centros.
Mas não esperamos tempo algum por uma consulta. E somos bem atendidos, por quem nos conhece o nome. Por quem se importa.
Quanto é que isso não vale?
Em Marvão temos uma sorte imensa com os médicos de família. São pessoas trabalhadoras, prestáveis, integradas na comunidade, não são o protótipo do "Doutor" tão portuguesinho, distante e superior a quem chateamos com favores. Será pelo facto de serem espanhóis?
Penso que não, na fronteira a questão da nacionalidade está diluída e colocada em segundo plano. Falamos a mesma língua.
Que o Doutor Vitoriano se mantenha por muitos e bons anos ao serviço da saúde em Marvão. Para nos ver crescer enquanto família, e enquanto negócio.
Este blog também é seu, doutor, e por isso estamos de volta!

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