segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Canela

Entra um pequeno grupo de turistas japoneses na loja, todos idosos. Só a guia que os acompanhava falava inglês.
Por razões que desconheço pedem canela.
Trago a canela em pó e em pau e todos exclamam em uníssono: Ohhhh
Cada um escolhe um ou dois pacotinhos e começam a estender-me as notas para pagar. Todos tinham notas de 20 euros para pagar pacotinhos de canela que custam 0,55 e 0,75 cêntimos respectivamente.
Eu aborrecida com tanto troco difícil lá os vou despachando.
No final saiem e quando eu pego nas caixas da canela para as levar de volta à prateleira, reparo que no chão ficou uma capinha plástica.
Porque era plástica reparo facilmente que estava cheia de notas de 20 euros e vários cartões de crédito.
Saio a correr para a rua e ainda os encontro parados no largo.
Devolvo a capinha plástica e ouço de novo em uníssono: Ohhhhh.
Vêem atrás de mim fazendo vênias subtis. Regressam à loja e cada um deles escolhe uma garrafinha de azeite da cooperativa de Portalegre para levar.
Viram, fregueses? Ser honesta sempre compensa

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