terça-feira, 12 de março de 2013

Mel da Serra de Marvão. Mais um produto da Mercearia!


Mais um produto da Mercearia!
O mel da Serra de Marvão
Variedade multi flora em frasco de 250 gramas!

(agradeço aos do costume, HSF, João Bucho e ao produtor José Garção)


segunda-feira, 11 de março de 2013

Vitória em tribunal!


No final de Agosto de 2011 terminou o meu contrato na Câmara Municipal de Marvão. Foram 9 anos (contando com o estágio profissional) de contratos a prazo. Esse final de ciclo coincidiu com uma licença de maternidade e em termos pessoais, como imaginam, não foi um período nada fácil.

Numa terra com poucas oportunidades como Marvão, sabia à partida que estava condenada a nunca mais exercer a minha profissão, mas em família, hierarquizámos prioridades e decidimos ficar, criando um negócio próprio.

Foi assim que surgiu a Mercearia de Marvão, em Novembro de 2011 e todos os projectos que a ela se ligam.

Agora imaginem, duas crianças pequenas, duas casas para pagar e um negócio emergente.  Eram dois bons salários estatais e de repente veio o desemprego e a necessidade de dar a volta por cima. Para além da banca, recorremos ao incentivo do IEFP que contemplava a possibilidade de receber o subsídio de desemprego todo de uma vez, desde que investido na criação do posto de trabalho.

No meio de todo este redemoinho de emoções, readaptações e novas realidades, eu sabia que a lei me conferia um direito: a compensação pela caducidade de contrato, prevista nos
artigos 252°, n° 3 e 253°, n° 4 do RCTFP (entretanto alterado, penso eu) que se “verifica sempre que a caducidade do contrato a termo não decorra da vontade do trabalhador e este não obtenha uma nova colocação que lhe assegure a manutenção de uma relação jurídica de
emprego público.”

Como é natural, solicitei o pagamento do montante previsto na lei à minha antiga entidade patronal.
Que se recusou a pagar. E não só se recusou a pagar como nunca me esclareceu devidamente, seja pessoalmente ou por escrito, as razões desta recusa. Lembro-me por exemplo das palavras de um chefe de divisão  : “Ah, há um parecer de outra câmara, que diz que o que está na lei não é bem assim e então o Sr. Presidente decidiu não pagar”

Fantástico, não é? Eu até consegui um parecer do Provedor de Justiça, mas mesmo assim, se recusaram a pagar.

E então eu fui falar com um advogado, e certa da minha razão e esgotadas todas as possibilidades de diálogo, avancei com um processo em tribunal.

Em Janeiro de 2013, passados portanto cerca de um ano e meio, veio a decisão. A meu favor.

Em Fevereiro o processo transitou em julgado e veio a sentença definitiva. E a Câmara Municipal de Marvão pagou-me.

Para mim, naturalmente foi uma imensa vitória. Uma vitória que tardou no tempo, envolveu custas processuais e os honorários ao advogado. E mais do que isso, envolveu um desgaste pessoal muito grande e nenhum dinheiro no mundo pagará.

Se a história acaba aqui? Não! Ainda está a decorrer um outro processo relativo a um concurso público que eu ganhei e o Sr. Presidente da Câmara anulou. A ver vamos. É uma outra história…

O meu conselho vai para todos os que se vejam na mesma situação: Nunca abdiquem dos vossos direitos!

A justiça pode tardar mas acaba por cumprir-se. A dos homens, falo na justiça  dos homens, porque ainda há outra…aquela que diz que o mal que fazemos aos outros regressa em dobro…

quinta-feira, 7 de março de 2013

Amêndoa Regional de Portalegre

 
As melhores amêndoas do Mundo!
Amêndoa Regional de Portalegre!
Vendemos em saquinhos de 250 gr, aqui na Mercearia de Marvão. Podemos enviar por correio durante todo o mês de Março (mercearia@innmarvao.com)
De açucar e chocolate!
Já temos para vender!
 
 
 Família Vintém! os mestres das Amêndoas de Portalegre


Trabalham no mês anterior à Páscoa. Rodam rodam rodam muito açucar e muita amêndoa.
A sala é quentinha e cheira tão bem! Assim se fazem as Amêndoas de Portalegre

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Eu, inútil licenciada em História, me confesso...


 
 
O Sr Camilo Lourenço acha que os licenciados em História são inúteis
Engraçado que eu acho o contrário. É que o curso a mim serviu-me para muito mais do que um canudo.
Serviu para me ensinar a pensar. Serviu para me ensinar o meu lugar no mundo em relação aos outros. Serviu para não me achar nem mais nem menos do que alguém só porque me dão direito de antena na televisão
Utilidade para a economia? Tenho muita, pois não só sei trabalhar na minha área de formação como, quando foi preciso, me tornei uma empresária em tempo de crise no interior do país. Porque já dei emprego, porque dou dinheiro a ganhar aos produtores da minha região.
Se precisam de pessoas como eu na minha terra? Eu acredito que sim, pena que este senhor não ache o mesmo...mas olhe,não é o único, na Câmara da minha terra também há quem pense assim...
O que fazer contra isto? Trabalhar, trabalhar muito, e mostrar-lhes que estão errados.
Camilos há muitos, e camelos então....

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

O rapaz que primeiro chegou ao aeroplano

 
Eu já sabia desta história, em 1916 caiu na Serra da Escusa um aeroplano. Já tinha visto fotos e já tinha lido sobre o assunto, mas o que soube hoje tornou este episódio histórico muito mais interessante.
Imaginem o que foi para as pessoas de então, a queda de um avião em plena serra, um acontecimento!

Pois bem, hoje ao dar volta às fotos antigas com o meu pai, diz-me ele:
- Olha, o teu avô com certeza está nesta foto!
- ???
- O teu avô foi o primeiro rapaz a chegar ao avião e com certeza está nesta foto! Ele contava esta história imensas vezes.
- ???
- Sim, veio de Castelo de Vide a correr e foi o primeiro a lá chegar.

E é isto, o meu avô Adriano Bucho, nascido em 1904 em Castelo de Vide, tinha nesta altura 12 anos e era um grande corredor. Este episódo contou-a aos filhos e hoje, passados 97 anos, eu vim a saber dele.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

O forno de poia


O Sr Simão vem buscar o pão todas as manhãs. Gosta de contar histórias e eu gosto de o ouvir, e aprender.
Esta manhã falou-me sobre os fornos comunitários que existiam em Póvoa e Meadas (Castelo de Vide) na década de 50 do século passado. Por essa altura existiam 4 fornos nessa localidade e portanto 4 famílias que se governavam com o pão.

Quem ia ao forno de poia cozer o pão não levava lenha, apenas o dito. O forneiro ou forneira, no final, ficava com a poia, ou seja, a recompensa de um serviço, que neste caso era um pão, que depois podia ser vendido ou não.

Contou-me ainda sobre uma dessas forneiras em particular, que por vezes, a pedido, "desnocava" um quarto de pão para dar a crianças com fome.

Regras simples da vida em comunidade, em terras outrora muito mais populosas.

(a foto foi retirada da net)