quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Tens cá disto?






Hoje dei por mim a pensar na função que as antigas Mercearias desempenhavam no dia-a-dia das pessoas.

Espaço não só para comprar os bens essenciais, as Mercearias eram um sítio para ir conversar, para saber notícias, para pedir ajuda. Nas comunidades rurais, ainda mais se sentia esta função de espaço público, pois era aí que chegava o correio, se ia ao telefone público ou se comprava o bilhete para a camioneta da carreira.

E dei por mim a recordar os clássicos dos filmes portugueses, que não sendo do meu tempo (ou tão pouco do tempo dos meus pais) continuam, ainda hoje, com graça, com sentido, com magia.

Pensem na Canção de Lisboa, no Pátio das Cantigas, no Pai Tirano. Todos eles têm uma mercearia, uma alfaiataria ou um qualquer outro comércio onde parte da história ganha vida.

Tudo isto para dizer, que hoje, me pediram, ainda que a medo, ainda com vergonha pelo incómodo causado (como se fosse algum...), para transcrever o texto de uma sms para um pedaço de papel.

Porque ainda há quem não saiba ler uma morada...porque haverá sempre alguém a precisar da ajuda de um merceeiro.

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