Ontem a minha sogra mandou-nos um queijinho fresco. Grande e bom
Cá em casa todos gostamos.
Não sei de onde veio, confesso que não perguntei, é normal na aldeia existirem senhoras que os fazem, com o leite dos animais que criam.
Mas ontem fiquei a pensar neste assunto.
Ainda recentemente abriu a primeira queijaria de Marvão. Que tem queijo fresco.
Que fez um investimento grande nas instalações, que licenciou tudo e mais alguma coisa, que passou controlos veterinários, que passa recibo, que transporta o produto em condições, enfim, que cumpre com tudo o que é legal.
E mais do que isso, criou emprego, emprego verdadeiro, numa terra onde ele falta.
E depois está o saber fazer, está o equilíbrio da economia familiar, está o aproveitamento dos recursos da terra. Está o conseguir vender naturalmente mais barato porque não há grande investimento. Do outro lado, como que em oposição (ou concorrência desleal)
Muitas vezes na gestão da Mercearia e pela minha procura constante dos produtos regionais me deparei com "produtores" informais, não legalizados. Dá pena não poder ter estes produtos à venda num comércio porque no fundo são estas pessoas que sabem fazer que mantêm vivas as tradições locais. Embora num mercado...paralelo...
Difícil de encontrar o equilíbrio aqui, confesso. Por um lado estou do lado daqueles que como eu se esforçam por cumprir, pois para quem tem uma porta aberta, os riscos são superiores aos benefícios em caso de fiscalização, seja a ASAE ou outra autoridade qualquer.
Mas descartar o produtor "caseiro" também dá pena, porque a evolução das coisas vai ditar, com certeza, o seu desaparecimento.
Penso para mim que como em tudo, bastava um pouco de equilíbrio, agregar e não excluir,
Acima de tudo, simplificar.
Para não existirem dois pesos e duas medidas, para o mesmo queijo.
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