segunda-feira, 29 de abril de 2013

Os clientes da Mercearia de Marvão são os melhores do mundo!

 

Pequeno almoço especial de domingo... panquecas com doces da Mercearia de Marvão! Doce de castanha e doce de maçã bravo de esmolfe... divinais!!!

(FOTO: INÊS ABREU)

domingo, 28 de abril de 2013

Os Velhos voltam à cena em Santo António das Areias, pelo grupo de teatro amador de Marvão


Bela noite de teatro ontem em Santo António das Areias. Parabéns ao grupo de teatro amador "Já disse" pela recuperação desta peça de teatro tão marvanense. Os Velhos de D. João da Câmara. Saber valorizar o nosso património cultural vale ouro!!!!
Será injusto destacar alguém pois todos estiveram muitíssimo bem, mas eu adorei o despique entre a Vera Barroqueiro e a Felícia Amador (que estreia, oh cachopa!)
Fantástico!!!!

Sobre a peça:
"Os Velhos, é, sem dúvida, a obra-prima de D. João da Câmara, que, formado em engenharia, percorreu o Alentejo, na construção das linhas de caminho de ferro, aí encontrando o enredo do texto e a característica das suas personagens. De grandes qualidades cénicas, no poder da linguagem clara, tensa, é famoso o terceiro acto, em que se festejam as bodas de ouro de um casal de anciãos, diante de um abundante cozido à portuguesa, além de outras apetitosas iguarias"António Couto Viana

"Em Os Velhos não há as grandes tiradas, as grandes declamações, os largos gestos do teatro romântico. Não há cenas de faca e alguidar. Tudo se passa numa aldeia alentejana, com a sua vida calma, o quotidiano sem sobressaltos. Mas o comboio vem aí, vêm aí as reacções à transformação que o progresso vai provocar. Quase não há história. Tudo se passa com uma linguagem simples, natural, às vezes mais ciciada do que falada e, atravessando todo o livro, uma extensa linha de ternura, de humanidade, de cumplicidade com os mais simples, os mais pobres, os mais velhos"MÁRIO CASTRIM

quarta-feira, 17 de abril de 2013

O casalinho japonês



Passaram por cá na segunda feira.
Um casalinho de japoneses apaixonados. Novinhos, entraram de mão dada.
Tudo amiudaram, os japoneses são assim. Foram conversado e exclamando muitos "ahhhhhhh" e "ohhhhh"
Às tantas tomaram a decisão, escolheram uma garrafa de vinho tinto e colocaram-na em cima do balcão.

(temos piquenique romântico aí para algum cantinho, pensei eu)

Depois entraram na parte da Mercearia corrente e o rapazinho veio perguntar-me:

- Do you have cat food?
- I do (disse-lhe eu)
E fui mostrar-lha.

- "A portuguese brand of cat food" especificou.

Escolheu um paté de gato.
E eu pensei cá para comigo, será que não queria paté de sardinha, ou paté de atum? E disse-lhe:

- This is cat food, the food that the cats eat.
- Yes, disse ele com um sorriso.

E foram as compras. Uma garrafa de vinho e uma latinha de paté de gato.
Bichano eles não traziam, que depois até fui verificar à porta enquanto eles subiam a rua do Castelo.
Eh pá....
Será que queriam levar uma latinha para oferecer ao gatinho que deixaram lá no Japão? ou....
Eh pá....
Eu realmente dos hábitos alimentares dos japoneses só conheço o sushi....
Eh pá....

(imagem retirada da net)

sábado, 13 de abril de 2013

Burricada parlamentar

 
Tenho à minha porta uns cavalinhos(ou burros, é como preferirem) feitos e pau e meia que são adoráveis. Todas as crianças que passam os adoram.
Estava com o sr. Andrade em conversa a ver se conseguíamos chegar ao nome colectivo para cavalos ou burros.
Um casal circulava pela loja e quando iam a sair diz o senhor:
 
- Sabem como se chama a um conjunto de burros?
PARLAMENTO
....
 
(muito muito bom! que fique parlamento então...ou cavalgada, ou burricada, ou manada...)

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Da Horta para a Mesa - um livro de Cláudia Sousa Villax


Já ouvi hoje aqui na loja que está na altura de plantar as hortas.
A chuva passou (queremos nós pensar) e o sol vai começar a aquecer.
Este livro de receitas simples e deliciosas, surgiu de uma horta biológica de Marvão.
Um projeto delicioso da Cláudia e da sua família que eu conheço de outras andanças e outras escritas, igualmente interessantes.
Mas disso falarei depois que as boas surpresas são para revelar devagarinho, depois de uma conversa que se deseja para breve.
O livro está à venda nas grandes livrarias, mas eu quero muito que em breve venha para a prateleira da Mercearia mais bonita.

As crateras do Porto da Espada

FOTO DE JOÃO LUÍS GARÇÃO

Não se devem a meteoritos nem a nada que tenha descido dos céus.
A terra abateu, e enquanto fenómeno geológico, é normal para terrenos deste tipo (calcários, que deixam infiltrar muita agua)
No vale da Aramenha corre muita água, e o facto de ter chovido muito este ano aumentou o caudal subterrâneo.
Mas causa uma estranheza natural, e depois de ter falado com o João Luís e o meu cunhado, apeteceu-me escrever sobre o assunto.
Lembremo-nos da gruta da Cova da Moura, que detém uma das mais importantes colónias de morcegos da Europa. Sabemos que era uma antiga mina de chumbo, mas terá surgido assim também?
Conta-me o João Luís que fica muito próximo destas novas crateras.

Quando trabalhava no arquivo lembro-me de ter inventariado numerosos processos de exploração de minérios. Muitos, mesmo muitos, do Vale da Aramenha, que vai do Porto da Espada até à Escusa, onde se extraía a cal.

Um fenómeno normal mas impactante, sem dúvida. E perigoso, alguém que caia neste buraco dificilmente terá volta. Os terremos ainda estão muito instáveis.

Dizem os agricultores da zona em que em alturas de muita água, é normal que os animais em determinados sítios afundem as patas na terra...

 É fundo, muito fundo...E mesmo pela sua fundura o que impressiona mais, diz quem viu, é o som.
O som da terra, da água que passa lá em baixo, o som do desconhecido.
Não há mar nesta terra, mas é assim que soa, como ondas a bater, com gravidade e profundidade.

Respeito pela natureza, é a lição a tirar, muito respeitinho....

sábado, 6 de abril de 2013

Frigorífico natural


A Dona Angélica nasceu em Marvão.
Fez a primária na escola que esteve instalada ali para os lados do Calvário, na subida.
A mãe trabalhava na Santa Casa e ela ia muito para lá, e por isso aparece numa foto linda com as meninas da Santa Casa,  que eu usei como capa de caderno da Mercearia.
A Dona Angélica conhece toda a gente em Marvão, conhece muito sobre esta terra. E eu gosto quando ela me conta coisas porque aprendo muito.

No outro dia estávamos a falar da chatice que foi para mim ter uma nascente de água aqui na Mercearia. Ela diz que sim, que é verdade, as casas da rua do Espírito Santo, por estarem encostadas à rocha, em anos de muita chuva aparece a água nos rés-do-chão.
Há muitas casas em Marvão em que isso acontece.
Há que encaminhar a água para a rua, não há nada a fazer, a natureza manda e nós temos que respeitá-la, é mais forte do que nós.

Por causa deste facto contou-me uma coisa curiosa. O rés do chão das casas de Marvão serviam antigamente para guardar o animal, o burro, o meio de transporte. Para quem o tinha, claro.
Isto eu já sabia, é a chamada loja do piso térreo.
A Mercearia de Marvão está instalada numa "loja" de píso térreo.

O que ela me contou é que pelas nascentes de água e por estarem os rés do chão muitas vezes com rocha aflorada, também serviram deste sempre como "frigoríficos" quando estes não existiam.
É natural, são as divisões mais frescas, portanto onde os alimentos melhor se conservavam.
As coisas são simples, naturais, quando pensamos melhor nelas.

Tal como natural é a minha constipação. Eu passo horas dentro de um frigorífico natural...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Este Sr. Graça desarma-me....

- Quero levar um quilo de arroz. Do carolino
- Quer do Cigala ou do Amanhecer?
- Não quero do agulha, quero do outro
- Sim, mas cigala ou amanhecer?
- É do carolino
....

Dois minutos depois:
- Quero levar um garrafão de azeite dos pequenos
- Virgem ou Extra virgem?
... - É o da coopor
- Sim senhora, mas virgem ou extra virgem?
- É aquele pequeno!
...


(nota: O Sr. Graça é dos meus melhores clientes, tenho-lhe muita estima, tal como à Dona Isabel. Mesmo quando me torturam assim, gosto muito deles, por isso é que escrevi Se não fossem estes pequenos nadas, o dia a dia não tinha piada nenhuma...)

terça-feira, 2 de abril de 2013

O ouro do Alentejo - MERCEARIA DE MARVAO AZEITE VIRGEM EXTRA



 
O ouro do Alentejo - MERCEARIA DE MARVAO AZEITE VIRGEM EXTRA
Produzido embalado por COOPOR, comercializado por Mercearia de Marvão
garrafa de 0,500 ml

rótulo de João Bucho impresso pela HSF - design e publicidade

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Globetrotter

Esteve cá na semana passada e tenho-me esquecido de escrever sobre isso.
Não lhe perguntei a nacionalidade nem tão pouco o nome, a conversa foi tão interessante que estes (grandes) pormenores ficaram para trás...falava português e inglês.
Apresentou-se como escritora de guias de viagem. Gostou muito da mercearia e contou-me histórias.
Fez compras, já não sei bem o quê.
Falei-lhe do projeto da Estalagem e levei-a  ver a obra. Deu-me sugestões e dicas importantes.
Levou um cartão meu. Não sei se me voltará a contactar ou se chegará a escrever sobre o que encontrou em Marvão.
Ainda assim, foi uma bela conversa. Deixou-me a pensar numa coisa curiosa: Eu que tenho tanto apego à terra onde nasci, digo sinceramente que aquilo que mais invejo na vida é quem tem a possibilidade de viajar muito.

Na minha opinião, não há melhor forma de crescer interiormente e aprender coisas novas do que viajando.
É confuso, certo? Assumo que sim.
Uma escritora de  guias de viagem. Uma pessoa a quem pagam para viajar e para escrever sobre as suas visitas e aquilo que lhe desperta a atenção.

Ai inveja da boa....