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quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
Eu, inútil licenciada em História, me confesso...
O Sr Camilo Lourenço acha que os licenciados em História são inúteis
Engraçado que eu acho o contrário. É que o curso a mim serviu-me para muito mais do que um canudo.
Serviu para me ensinar a pensar. Serviu para me ensinar o meu lugar no mundo em relação aos outros. Serviu para não me achar nem mais nem menos do que alguém só porque me dão direito de antena na televisão
Utilidade para a economia? Tenho muita, pois não só sei trabalhar na minha área de formação como, quando foi preciso, me tornei uma empresária em tempo de crise no interior do país. Porque já dei emprego, porque dou dinheiro a ganhar aos produtores da minha região.
Se precisam de pessoas como eu na minha terra? Eu acredito que sim, pena que este senhor não ache o mesmo...mas olhe,não é o único, na Câmara da minha terra também há quem pense assim...
O que fazer contra isto? Trabalhar, trabalhar muito, e mostrar-lhes que estão errados.
Camilos há muitos, e camelos então....
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
O rapaz que primeiro chegou ao aeroplano
Imaginem o que foi para as pessoas de então, a queda de um avião em plena serra, um acontecimento!
Pois bem, hoje ao dar volta às fotos antigas com o meu pai, diz-me ele:
- Olha, o teu avô com certeza está nesta foto!
- ???
- O teu avô foi o primeiro rapaz a chegar ao avião e com certeza está nesta foto! Ele contava esta história imensas vezes.
- ???
- Sim, veio de Castelo de Vide a correr e foi o primeiro a lá chegar.
E é isto, o meu avô Adriano Bucho, nascido em 1904 em Castelo de Vide, tinha nesta altura 12 anos e era um grande corredor. Este episódo contou-a aos filhos e hoje, passados 97 anos, eu vim a saber dele.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013
O forno de poia
O Sr Simão vem buscar o pão todas as manhãs. Gosta de contar histórias e eu gosto de o ouvir, e aprender.
Esta manhã falou-me sobre os fornos comunitários que existiam em Póvoa e Meadas (Castelo de Vide) na década de 50 do século passado. Por essa altura existiam 4 fornos nessa localidade e portanto 4 famílias que se governavam com o pão.
Quem ia ao forno de poia cozer o pão não levava lenha, apenas o dito. O forneiro ou forneira, no final, ficava com a poia, ou seja, a recompensa de um serviço, que neste caso era um pão, que depois podia ser vendido ou não.
Contou-me ainda sobre uma dessas forneiras em particular, que por vezes, a pedido, "desnocava" um quarto de pão para dar a crianças com fome.
Regras simples da vida em comunidade, em terras outrora muito mais populosas.
(a foto foi retirada da net)
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
Sobre as Comidas d'Azeite 2013
Gosto quando as coisas correm bem.
Gosto de salas cheias, de ver as pessoas com sorriso na cara.
Gosto de barulho, de confusão, de comer bem
Ontem no Porto da Espada foi assim.
Bom tempo, boa organização, boa animação e boa companhia.
Saí antes de acabar imensamente satisfeita e nem fiquei para a sobremesa.
Eu sabia que ia ser assim, com a organização da Associação Portus Gladii e o serviço do Restaurante Serrinha só podia. Vi a Adelaide com a sua equipa, empenhados a dar o seu melhor, vi a Sara Isidoro, apressada, de bandeja cheia na mão, a servir as iguarias preparadas pela mãe, e tenho orgulho de pertencer a esta comunidade onde há mulheres e homens que dão o seu trabalho para fazer acontecer.
O azeite é o ouro do Alentejo e há que celebrá-lo. Nos restaurantes de Marvão podem fazê-lo nos próximos 15 dias. Aproveitem!
Nota: A foto foi roubada ao Fernando Gomes
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