A doceira é a Dona Natália Sardinha, uma senhora que me viu crescer. O filho Fernando, que me trata por "buchinha", ontem deixou-os acabar e tive que os ir buscar à fonte, ou seja, ao frigorífico da Dona Natália.
Mostrou-me a cozinha industrial, dividida em várias áreas de trabalho, mostrou-me o creme de ovos a secar e os rebuçados já redondinhos à espera de serem acabados em ponto de caramelo.
E falámos do meu irmão que começou a andar ali mesmo no jardim, no pastor alemão que nos recebia ruidosamente ou na camisola de malha azul que eu pedi, e a Dona Natália me fez.
Há trinta anos atrás.
Hoje vou lá buscar rebuçados de ovos para vender na minha Mercearia. Quem diria...
Quem diria que há pessoas mais doces que um rebuçado de ovo de Portalegre...
É verdade, a nossa amiga Natália é tão doce como os doces que ela faz tão bem.
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